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O RH estratégico e tecnológico

Equipe de jovens profissionais comemora conquista de resultado.
A pandemia do Covid-19 e novas tecnologias de análise de dados elevaram o RH a um novo patamar, para um papel estratégico.

O home office e as adaptações ditadas pela pandemia do Covid-19 fundiram de vez a vida pessoal e a profissional. Algumas mudanças para o bem, outras nem um pouco. Sete em cada dez brasileiros sofrem com forte stress. E 21% dos trabalhadores relataram síndrome de Burnout – esgotamento com reflexos na saúde física e mental – segundo pesquisa da Oracle e da Workplace Intelligence com 12 mil funcionários. Um quadro de enorme dano para a saúde das vítimas, para a empresa que perde o profissional por dias, para a moral do ambiente produtivo e, em última instância, para o País.

A pandemia acelerou tendências. Uma delas, a da empresa cuidar do seu colaborador tanto durante as atividades profissionais quanto nos momentos fora do trabalho. Afinal, intensas situações emocionais pessoais afetam diretamente a motivação e a produtividade. Estudo de especialistas das universidades de Oxford, Roterdã e do MIT mostra que o funcionário feliz aumenta seus resultados em pelo menos 13%.

O RH estratégico

Mas como lideranças podem enxergar alterações emocionais e se antecipar a comportamentos negativos? Evidências que eram tão sutis quando as equipes estavam reunidas no escritório se tornaram mais difíceis de notar agora que o trabalho acontece longe dele.

Diante dessa dificuldade acelerou-se o uso de dados e algoritmos para inteligência estratégica nos departamentos de Recursos Humanos. Assim como aconteceu no marketing e na logística dos negócios o data analytics levou o RH a outro patamar. A gigante das pesquisas McKinsey, por exemplo, usou a estratégia para entender os motivadores de demissões na equipe. Adotou medidas certeiras e conseguiu reduzir em 40% o risco de perder seus talentos.

Há décadas ferramentas científicas captam impulsos emocionais e mostram tendências de comportamento. A nova geração desta tecnologia, no entanto, atingiu um nível de profundidade incrível. Ela transforma em números a essência comportamental da pessoa bem como quanta energia própria é gasta para se adaptar ao ambiente. De influências sobre a motivação ao tempo que cada indivíduo consegue sustentar a pressão da atividade, o gestor tem hoje relatórios detalhados para entender riscos iminentes e o que traz satisfação para o time.

Dados para que?

Com dados concretos em mãos o gestor consegue trabalhar a inteligência emocional e social dos colaboradores, amenizar situações de conflito, potencializar a produtividade e a criatividade com ações certeiras. É capaz de fazer do trabalho um elemento determinante para a felicidade do funcionário.

Na pandemia explodiu a oferta de tecnologia para automação dos processos de gestão de pessoas. Se você, profissional de RH, se encontra neste estágio, então encontrou o caminho certo. Mas já está atrasado, porque a necessidade vai além. Passou da hora de você assumir o papel estratégico que o novo mundo exige do departamento de Recursos Humanos, sendo um forte suporte a equipes de alta produtividade e satisfação. Você precisa correr atrás imediatamente, pois o RH hi-tech veio para ficar.

Texto publicado Por Wladimir D’Andrade no jornal Diário da Região (para assinantes) em julho de 2021.

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