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Terreno fértil no mercado financeiro

Agentes do mercado financeiro analisam dados para tomada de decisão. Inteligência artificial levará este mercado a outro patamar.
Open banking coloca mercado financeiro do Brasil na revolução da inteligência artificial

Com o open banking o Banco Central dirige o setor financeiro brasileiro para uma era que coloca a tecnologia como fator primordial no equilíbrio do mercado, acompanhando a tendência adotada por vários países. Reino Unido abriu o caminho, EUA, Austrália, Canadá avançam para colocá-lo em prática. Agora o Brasil entra na mesma trilha para se manter na competição global do dinheiro. Há vários benefícios decorrentes dessa estratégia. No entanto, destaco o quão essencial ela será para colocar o País na grande revolução que está em curso no planeta, a da inteligência artificial.

A inteligência artificial vai mudar todos os setores da economia nesta década, sem exceção. Especialistas referem-se a ela como a “eletricidade” do século, porque ela configura uma poderosa tecnologia que torna operações enxutas, melhora experiências, reduz custo, potencializa lucros. Mas a inteligência artificial necessita de grande volume de dados para funcionar bem. E o open banking colocará uma enxurrada deles em circulação.

Barreiras

Estão em operação no País ao menos 110 startups especializadas em empréstimo. Mas os grandes bancos detêm os dados cadastrais e de comportamento de compra dos clientes. A assimetria de informações funciona, portanto, como barreira de entrada de novos competidores. O open banking vai organizar o mercado para que empresas menores possam usar os dados que estão nas mãos dos bancões para, por exemplo, fazer a análise de crédito com maior confiabilidade, o que permite gerir melhor os riscos e, portanto, baratear a operação.

Com dados à disposição – sempre com o consentimento das pessoas – empréstimos e demais serviços financeiros ganham o poder da inteligência artificial. Algoritmos serão “treinados” em reconhecer padrões e tomar decisões com precisão para identificar oportunidades de venda, criar serviços de acordo com a necessidade específica de cada cliente e operacionalizar tudo de forma automática e em tempo real. A preços menores que os atuais.

O jogo das startups

O rumo do mercado financeiro já provocou movimentações entre startups do setor, as fintechs. Desde o ano passado várias foram a compra de empresas de tecnologia e corretoras de investimento para ampliar o portfólio, criar diferenciais competitivos e adentrar na nova era com o apetite dos grandes bancos. A Neon Pagamentos comprou a Magliano Invest, corretora mais antiga do País. O Nubank adquiriu as firmas de softwares Plataformatec e a Cognitect. A XP Investimentos comprou as fintechs Fliper e Antecipa.

Existe uma janela de oportunidades que vai definir quem será peixe grande e peixe pequeno no mercado financeiro dos próximos anos. O open banking estabelece uma nova arena para empresas disputarem clientes, mais acirrada, veloz e menos burocrática. Se você é do ramo, prepare-se então para o que surgirá a partir de agora. A inteligência artificial encontrará terreno fértil para alvoroçar o setor financeiro. Caso você seja cliente, encha-se de esperança. A expectativa de eficientes serviços a preços menores vai impactar a sua vida e o seu negócio.

Texto publicado Por Wladimir D’Andrade no jornal Diário da Região (para assinantes) em fevereiro de 2021.

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